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Leituras Públicas debate Plínio Marcos

O Programa TUSP de Leituras Públicas Ciclo V, apresenta no dia 30 de maio, às 19h, a peça de Plínio Marcos, “Dois perdidos numa noite suja” (1966).

O programa acontece na Casa de Cultura Ponce Paz, localizada na rua Antonio Alves, 9-10, no Centro, em Bauru. O evento é aberto a participação dos interessados com entrada franca.

Leituras Públicas objetiva construir um vínculo do público com obras do universo teatral do cenário nacional e internacional, de forma participativa. A audiência faz a leitura dos textos, escolhidos dentro de uma proposta histórica ou temática.

Escrita em 1966 na cidade de São Paulo, no bar Ponto de Encontro, foi em seguida apresentada no Teatro de Arena. É uma das peças mais importantes de Plínio Marcos, inclusive a crítica teatral afirma que se trata da peça mais intensa escrita no Brasil. Este texto já foi encenado na França, Alemanha, Inglaterra, Cuba e também foi adaptado para o cinema.

Leituras Públicas é uma realização da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (USP), Teatro da USP (TUSP), Casa de Cultura Ponce Paz, Secretaria Municipal de Cultura e Seção de Eventos Culturais da Coordenadoria do Campus de Bauru (CCB) da USP.

Informações adicionais podem ser obtidas com Francisco Serpa (Xyko), orientador de arte dramática ou Leticia Ravanini, assistente de produção, ambos do TUSP Bauru, nos telefones: (14)3235-8394 (Centro Cultural), (14) 8174-6273 ou (14) 3214-3893, e-mail: centrocultural@ccb.usp.br

Sinopse: Dois personagens – Paco e Tonho – dividem um quarto numa hospedaria barata e durante o dia trabalham como carregadores no mercado. Todas as cenas se passam no quarto durante as noites, onde eles discutem sobre suas vidas, trabalho e perspectivas, mantendo uma relação
conflituosa. O tema da marginalidade permeia todo o texto. Tonho se
lamenta constantemente por não possuir um par de sapatos decente,
fato ao qual atribui sua condição de pobreza. Ele inveja Paco que
possui um bom par de sapatos e este, por sua vez, vive a provocar
Tonho chamando-o de homossexual, ao mesmo tempo, que o considera como um parceiro. Paco, que já havia trabalhado como flautista, certa noite
teve sua flauta roubada quando estava muito embriagado, entorpecido.
Enquanto Paco é um ser tomado pelo sentimento de provocação e
agressividade, Tonho tem em seu peito uma grande vontade de crescer na
vida, fazer valer seus estudos. Mas, para conseguir o tão almejado emprego é necessário um par de sapatos novos, que Paco possui, mas não quer emprestar. No final, na tentativa de melhorar suas vidas, ambos são compelidos à  realização de um ato que modificará radicalmente seus destinos.

Marianne Ramalho (Mtb. 15.744)