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Doutoranda da FOB-USP recebe prêmio internacional

Andreia Espíndola Vieira foi a única brasileira a receber o “2011 President's Poster Competition Award"

A aluna Andreia Espíndola Vieira, doutoranda do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP), recebeu o Prêmio “2011 President’s Poster Competition Award” da Sociedade Americana de Pesquisa em Osso e Mineral (ASBMR, sigla em inglês).

A outorga se deu em reconhecimento pela “excepcional apresentação do pôster” durante a Reunião Anual da entidade realizada no mês de setembroem San Diego, Califórnia, Estados Unidos. Vieira foi a única brasileira a receber a premiação no congresso que reuniu mais cinco mil participantes de cerca de 60 países. O evento ASBMR é considerado o maior na área de Biologia Óssea internacional.

O trabalho que tem como titulo “IL-10 e TNF-? modulam a inflamação e o processo osteogênico no reparo ósseo alveolar em condições homeostáticas”. É parte da tese de Doutorado da autora, intitulada “Caracterização morfométrica e molecular do papel de citocinas pró e anti-inflamatórias no processo de reparo ósseo alveolar em condições homeostáticas e infecciosas”. O orientador do projeto é o professor da FOB-USP, Gustavo Pompermaier Garlet.

“Este prêmio foi uma grata surpresa, devido à magnitude do evento, e ao mesmo tempo uma enorme recompesa, recebida com muita satisfação, por se tratar de um reconhecimento em âmbito internacional do trabalho que temos desenvolvido, além do privilégio de levar o nome do nosso Laboratório e da FOB. Com certeza foi o prêmio mais importante da minha carreira até o momento, e um belo incentivo para seguirmos em frente”, diz a pesquisadora.

Integram a equipe de autores do trabalho premiado: Andreia Espíndola Vieira, Carlos Eduardo Repeke, Elcia Maria Silveira, Carolina Favaro Francisconi, Raissa Gonçalves Carneiro Spera Andrade, Ana Paula Favaro Trombone, Gerson Francisco Assis, Rumio Taga e Gustavo Pompermaier Garlet.

Reparo ósseo

O processo de reparo ósseo é importante para manter a integridade do tecido ósseo quando ocorre algum tipo de alteração, que pode variar desde uma fratura até uma extração dentária. No início do processo, células inflamatórias são recrutadas para o local produzindo diversos mediadores pró e anti-inflamatórios, e o balanço entre eles regula o adequado reparo.

No entanto, o papel da inflamação no processo de reparo ainda não está completamente esclarecido. “Por isso desenvolvemos um modelo experimental utilizando camundongos geneticamente modificados para estudar o processo de reparo pós extração dentária e analisamos a expressão de diferentes mediadores inflamatórios em especial, TNF e IL10”, informa Vieira.

“Identificamos o papel de TNF e IL10, como eles regulam a inflamação necessária para o reparo e como modulam a expressão de diversos genes importantes para o processo de reparo ósseo”, acrescenta. A pesquisa objetiva promover conhecimentos específicos que possam contribuir de forma significativa para a prática clínica e o desenvolvimento futuro de novas estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças ósseas.

Luís Victorelli (MTb 21.656)
Arte: Daniel Gregório