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Dia da Surdez é marcado com orientações

Nesta quarta-feira, 10 de novembro, comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Para marcar a data, uma equipe da Divisão de Saúde Auditiva do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP (HRAC-USP/Centrinho) estará no estacionamento do Bauru Shopping, entre 10h e 17h, com uma unidade móvel de audição para oferecer orientações à população visitante.

Instituída em 1997, a data faz parte do calendário oficial do Governo Federal e tem por objetivo disseminar informações sobre cuidados capazes de prevenir a perda auditiva. Uma das preocupações da campanha refere-se ao limite de decibéis de nossa audição (85 decibéis). Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, cerca de 30% a 35% das perdas de audição são creditados à exposição a sons intensos, sejam em ambientes profissionais ou não.

Essas e outras informações serão fornececidas à população de Bauru e região nesta quarta-feira, 10/11, no estacionamento do Bauru Shopping por profissionais da Divisão de Saúde Auditiva do Hospital Centrinho-USP.

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Informações adicionais:

1) o limite máximo permitido, inclusive na legislação brasileira, de exposição a sons é de 85 decibéis. A partir deste nível há risco de perda auditiva, que depende da intensidade do som (volume), tempo de exposição e sensibilidade individual. Assim, quanto maior a intensidade, maior a chance de se desenvolver surdez mesmo que a exposição seja por um período menor.

2) o volume de aparelhos de som individuais (tocadores de mp3) podem chegar a 100-110 decibéis. Alguns países limitam o volume máximo na fabricação destes aparelhos, como o Canadá. No Brasil não há nenhuma restrição, infelizmente.

3) O uso de ipods e similares apresenta maior risco pois os fones estão inseridos no canal auditivo e levam o som diretamente à membrana timpânica, sem nenhum meio de proteção às delicadas estruturas que compõem a orelha interna. Os fones tipo concha são os mais benéficos, claro, se usados em uma intensidade sonora adequada.

4) a surdez relacionada à exposição a sons intensos é “cumulativa”. Uma vez cessado o fator causador (exposição a ruído), a perda de audição estaciona mas não regride.

5) o zumbido em si não é uma doença, mas um sintoma de que algo está errado nas estruturas da orelha ou pode ser manifestação de uma doença sistêmica como pressão alta, diabetes, aumento de colesterol, doenças da tireóide. Hábitos como abuso de café ou medicações (antibióticos, anti-inflamatórios, diuréticos, etc) também são fatores que podem ser causadores do zumbido.

(fonte: Sociedade Brasileira de Otologia)