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Fonoterapia intensiva reúne alunos e profissionais

O Hospital Centrinho-USP e o Departamento de Fonoaudiologia da FOB acabam de iniciar mais uma edição do Programa de Fonoterapia Intensiva. As atividades desenvolvidas trazem benefícios à formação dos alunos e também à reabilitação da fala dos pacientes, além de contribuir com o aprimoramento de estudos e inovações na prática clínica.

Ao todo, mais de 50 alunos estão inseridos no Programa neste ano. São alunos de graduação em Fonoaudiologia da FOB (por meio da disciplina Clínica de Anomalias Craniofaciais – Estágio Supervisionado); pós-graduandos da Faculdade (pelo Programa de Aperfeiçoamento de Ensino-PAE) e do HRAC (por meio da disciplina Tratamento Intensivo e Interdisciplinar na Reabilitação Funcional das Anomalias Craniofaciais); e alunos do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde: Síndromes e Anomalias Craniofaciais do Hospital (das áreas de Fonoaudiologia, Odontologia e Psicologia).

A iniciativa atende pacientes do Centrinho-USP de vários estados do Brasil com dificuldade de acesso qualificado à terapia de fala em suas cidades de origem. No Programa, os pacientes são submetidos a uma média de 50 terapias num período de aproximadamente três semanas, sob a supervisão geral de docentes.

Esta edição conta com a participação de 14 pacientes, crianças e adultos, das cinco regiões do país: Tocantins (região Norte); Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste); Mato Grosso (Centro-Oeste); Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo (Sudeste); e Paraná (Sul). A seleção é realizada pela coordenação do Programa. Os pacientes permanecerão em Bauru até o dia 2 de março, realizando em média quatro sessões de terapia por dia.

Há ainda uma programação específica para os acompanhantes, com orientações, informações e capacitação. Durante o Programa, são realizadas reuniões com todo o grupo envolvido – alunos, professores, profissionais e coordenadores – para discutir as técnicas utilizadas e a evolução do tratamento dos pacientes.

‘Grande laboratório’
“Este Programa se destaca como um grande laboratório de estudo e desenvolvimento de métodos de diagnóstico e tratamento mais eficazes e mais rápidos das alterações de fala decorrentes das fissuras labiopalatinas e das disfunções velofaríngeas”, afirma a professora Maria Inês Pegoraro-Krook, chefe do Departamento de Fonoaudiologia da FOB e presidente da Comissão de Pesquisa do HRAC, que coordena o Programa de Fonoterapia Intensiva ao lado da professora Jeniffer de Cássia Rillo Dutka (também do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade e da Pós-Graduação do Hospital).

Para Maria Inês, além dos pacientes receberem um tratamento de fala de altíssimo nível, o ensino integrando alunos de graduação e pós-graduação e residentes proporciona uma possibilidade inédita: gerar pesquisas e preparar os futuros profissionais para atender pacientes com anomalias craniofaciais, principalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Os resultados decorrentes de pesquisas e inovações realizadas por alunos da graduação e da pós-graduação têm sido empregados na prática clínica tanto no Centrinho-USP como por fonoaudiólogos de outras localidades do país”, ressalta a professora.

Esta edição conta com a colaboração, na supervisão dos atendimentos, das professoras Maria de Lourdes Merighi Tabaquim e Mariza Ribeiro Feniman, ambas do Departamento de Fonoaudiologia da FOB e do Programa de Pós-Graduação do Centrinho-USP.

Intervenção interdisciplinar
Mantendo a modalidade de intervenção interdisciplinar, também integram o Programa os fonoaudiólogos e dentistas do serviço de Prótese de Palato e os profissionais das áreas de Educação e Terapia Ocupacional, Otorrinolaringologia, Psicologia e Serviço Social do HRAC (com apoio dos setores de Agendamento, Arquivo de Prontuários e Recepção).

No total, são cerca de 80 pessoas envolvidas na iniciativa. As terapias ocorrem na Clínica de Fonoaudiologia da FOB e os atendimentos dos pacientes pelas áreas complementares ocorrem no Centrinho-USP.

Ao término do Programa, os pacientes são encaminhados para dar continuidade ao tratamento com fonoaudiólogos de suas cidades de origem, que mantêm colaboração à distância com a equipe do Programa por meio de iniciativas e recursos de Telessaúde. “Trata-se de uma verdadeira força-tarefa em prol do ensino de qualidade, da pesquisa e de um tratamento fonoaudiológico inédito e inovador”, avalia Maria Inês.

Encerramento
A cerimônia de encerramento está marcada para às 16h do dia 2 de março. O evento acontece no saguão da Unidade 2 do Centrinho-USP, com a presença de toda a equipe envolvida, dos pacientes e seus acompanhantes e convidados.

Na foto ao lado, encerramento da edição de 2015. Crédito: Denise Guimarães / FOB