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Alunos americanos visitam programas da FOB e HRAC

florida siteA Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) encerraram mais uma edição do Programa de Fonoterapia Intensiva (PFI), evento que realizam em parceria. Neste ano, o PFI recebeu pela primeira vez a visita de pesquisadores da maior instituição americana na área fonoaudiológica, a UCF, Universidade Central da Flórida (Foto), e de graduandos da USF, Universidade do Sul da Flórida (Mais informações abaixo).

O programa aconteceu no campus USP de Bauru no período de 06 a 23 de março com o  objetivo de proporcionar melhorias na formação de profissionais em Fonoaudiologia, avanços na reabilitação da fala dos pacientes e o aprimoramento de estudos e inovações na prática clínica. A coordenação esteve a cargo das professoras Maria Inês Pegoraro-Krook e Jeniffer de Cássia Rillo Dutka.

Na cerimônia de encerramento os coordenadores apresentaram um resumo das atividades desenvolvidas pelo programa e os pacientes também falaram sobre suas experiências com o tratamento e receberam uma homenagem dos organizadores. Participaram 14 pacientes e seus respectivos familiares provenientes de nove estados brasileiros. Na parte cultural da cerimônia houve uma apresentação artística de mímica especialmente elaborada pelo artista Everton Ferré.

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL

Um dos pontos altos do Programa de Fonoterapia Intensiva deste ano foi a visita, pela primeira vez, de um grupo formado por cinco pós-graduandas da Universidade Central da Flórida (UCF). Para se ter uma ideia, é na UCF que se concentra o maior programa da área de Fonoaudiologia dos Estados Unidos.

A professora Maria Inês Pegoraro-Krook informa que esta visita é um reconhecimento da qualidade da pesquisa realizada no Brasil. E de reconhecimento a professora da USP entende. Maria Inês foi convidada internacional de dois dos mais importantes eventos da área da Fonoaudiologia nos Estados Unidos. São eles o congresso da Illinois Speech-Language-Hearing Association (ISHA), em fevereiro em Chicago, e o ASHA Convention, da American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), o mais importante deles, realizado em novembro último na Filadélfia.

“Há um grande interesse internacional pelo trabalho inédito que realizamos no Brasil. Os americanos também possuem trabalhos inéditos, só que cada um desenvolve com as armas e estratégias que tem do ponto de vista cultural”, explica Maria Inês.

Também coordenadora do FPI, a professora Jeniffer de Cássia Rillo Dutka, que foi docente por quatro anos na UCF, responsável pela Disciplina de Fissura Labiopalatina, destaca o fortalecimento da internacionalização de ambas as instituições. “As universidades querem, os dois reitores querem (a internacionalização). Então, é com muita felicidade que recebemos essas alunas pela primeira vez. Temos um programa que é único no mundo, ele é especial. E também temos muito o que receber. A internacionalização envolve bilateridade, envolve colaboração, então a gente pesquisa junto, ensina junto, e aprende junto”, completa Jeniffer.

A professora americana Linda I.Rosa-Lugo, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Distúrbios da Comunicação da UCF e que supervisiona a visita das pós-graduandas a Bauru, destaca o fortalecimento do aprendizado e das pesquisas na área. Com um dos exemplos, destaca a chamada Casa da Afasia. “Local onde são tratadas pessoas com problemas de fala, de linguagem, relacionadas a distúrbios neurológicos, principalmente originados por AVC (Acidente Vascular Cerebral). A inauguração da Casa da Afasia em Bauru está prevista para o mês de maio”, informa Linda.

A Casa da Afasia é um dos mais bem acabados resultados desta parceria entre a FOB-USP e a Universidade Central da Flórida (UCF), onde a pesquisadora americana Janet Whiteside já vem trabalhando. A professora Magali de Lourdes Caldana, da FOB-USP, está à frente da implementação do método no Brasil.

O QUE PENSAM OS AMERICANOS

Confira em poucas palavras as impressões das pós-graduandas da UCF que pela primeira vez visitam o Campus USP de Bauru

Kaira Lynn Clapper, 29 anos:
“O melhor que levo daqui do Brasil é ver que o trabalho está completamente focado nas pessoas. Esse lidar mais direto com o paciente, com a família, com a comunidade. Nos Estados Unidos é um pouco mais clínico, mais impessoal”.

Sonya Priya Persaud, 27 anos:
“O que mais me impressionou nesta visita a Bauru e me inspira foi o tratamento, a forma de terapia praticada. Parece que todos aqui estão centralizados na família e no paciente”.

Diana Ofelia Bosquez, 23 anos:
“Eu gosto dessa experiência cultural e da interação com diferentes profissionais. A qualidade daqui é poder atuar de forma multidisciplinar no enfoque craniofacial, especialmente anomalias. Este enfoque não tem muito nos Estados Unidos, como aqui. Isso é um diferencial”.

Joann Lidia Medina, 23 anos:
“Estou muito emocionada com essa experiência. Experimentar um outro tipo de tratamento que, em geral,  não praticamos nos Estados Unidos. Há muitas mãos atuando junto à pessoa atendida”.

Laura Flores, 23 anos:
“Gostei muito da colaboração que existe aqui entre os profissionais e as famílias. É algo que posso aprender e agregar aos meus estudos. Sempre focar no paciente, na família e trabalhar em equipe”.

Também visitaram o Campus USP de Bauru sete alunos de graduação de outra instituição americana, e também da Flórida: a Universidade do Sul da Flórida (USF). Estes estudantes, assim como os visitantes da UCF, conheceram de perto o Programa de Fonoterapia Intensiva (FPI) desenvolvido pela FOB e HRAC-USP.

Os alunos da USF são: Kadeem Anthony Thomas, Kashif Kareem Basaria, Claudia Garcia Lorenzo, Demelza Batbatan Pendarvis, Natasha Marie Ocasio, Radhe Ramesh Mehta e Vanessa Alcala.