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Fonoterapia Intensiva: formação de alunos e melhora da fala

Parceria entre FOB e HRAC, programa promove reabilitação da fala e é diferencial na formação de alunos

Foi realizada nesta terça-feira, 06 de março, a cerimônia de encerramento do Programa de Fonoterapia Intensiva (PFI) 2018, uma parceria entre o Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho). O evento aconteceu no Auditório Profa. Dra. Maria Cecília Bevilacqua (Bloco Didático III da FOB), com a presença de toda a equipe envolvida, pacientes, acompanhantes, autoridades do campus e convidados.

Como em anos anteriores, participaram do PFI 2018 alunos do quarto ano de Fonoaudiologia da FOB, alunos de pós-graduação da FOB e do HRAC e alunos do Programa de Residência Multiprofissional em Síndromes e Anomalias Craniofaciais do HRAC, sob a coordenação das professoras Maria Inês Pegoraro-Krook e Jeniffer de Cássia Rillo Dutka, ambas do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação do Hospital.

Nesta edição, iniciada em 19 de fevereiro, o PFI atendeu dez pacientes com fissura palatina matriculados no HRAC, provenientes de vários Estados do Brasil e que têm dificuldade de acesso qualificado à terapia de fala em suas cidades de origem. No Programa, os pacientes são submetidos a uma média de 45 terapias (quatro sessões por dia), em um período de três semanas, de segunda a sábado, com a supervisão geral das docentes responsáveis.

As terapias ocorrem na Clínica de Fonoaudiologia da FOB e os atendimentos nas áreas de prótese de palato, nasoendoscopia, odontopediatria, ortodontia, entre outras, ocorrem no HRAC. Durante o período do PFI, são realizadas reuniões com todo o grupo envolvido – alunos, professores, profissionais e coordenadores –, para discutir as técnicas utilizadas e a evolução do tratamento dos pacientes. Foram cerca de 60 pessoas envolvidas nesta edição de 2018, entre docentes, discentes, residentes, profissionais e pessoal de apoio. Ao término, os pacientes são encaminhados para dar continuidade ao tratamento com fonoaudiólogos de suas cidades de origem, que recebem orientação e interagem com a equipe da USP-Bauru por meio de recursos de Telessaúde, em canal específico no site do Hospital.

“O Programa se tornou um grande laboratório de estudo e desenvolvimento de métodos de diagnóstico e tratamento mais eficazes e rápidos das alterações de fala decorrentes das fissuras labiopalatinas e das disfunções velofaríngeas. Inovações resultantes de pesquisas realizadas por alunos de graduação e pós-graduação têm sido empregadas na prática clínica não somente por profissionais da Fonoaudiologia que atuam no HRAC como por fonoaudiólogos de outras regiões do país”, destaca a professora Maria Inês Pegoraro-Krook.

“Além dos pacientes receberem um tratamento de fala de alto nível, o ensino integrando alunos de graduação e pós-graduação e residentes proporciona a geração de pesquisas e o preparo dos futuros profissionais da área da saúde para atender pacientes com anomalias craniofaciais, por meio do SUS. Trata-se de uma verdadeira força-tarefa em prol do ensino de qualidade, da pesquisa e, principalmente, de um tratamento fonoaudiológico inédito e inovador”, ressalta.

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(Foto: Professora Maria Inês Pegoraro-Krook supervisiona sessão de fonoterapia intensiva / Adauto Nascimento / Banco de imagens HRAC-USP)