Guilherme Afonso e suas criações/Foto: Giane Quintela (Centro Cultural)
O Centro Cultural do Campus da USP de Bauru expõe a mostra “Dedos sujos, Ações Limpas: Xilogravura e Poesia”, do artista Guilherme Afonso.
A mostra permanece aberta à visitação pública até o dia 30 de maio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com Curadoria de Amanda Helena Gimeno e Ana Maria Barbosa Machado.
O artista expõe 44 impressões de xilos, 2 camisetas, zines poéticos e as suas matrizes de xilogravura. Guilherme Afonso Ramiro da Silva é conhecido como Poeta, ou Ócio, ou Iskizo, nasceu em Bauru tem 30 anos, e orgulha-se de ser filho de Jandira e Mauro.
Com relação a sua formação profissional, Guilherme afirma que “estudei na faculdade da vida quando me perguntam, porque aprendi por mim mesmo as vertentes de artes que abordo, poesia, graffiti e xilo, talvez eu tenha uma facilidade com Artes, e este ano resolvi parar de procrastinar meu talento e prestar vestibular em Artes Visuais ou Belas Artes, serão duas provas. Me desejem sorte!”.
O artista esclarece que xilogravura numa linguagem simples, é a arte entalhada na madeira e impressa em papel, por meio de diversas técnicas, como colher de madeira (a mais usada), de ferramentas apropriadas, prensas e até subir em cima.
Por outro lado, Zines de poesia são autopublicações feitas e distribuídas por ele mesmo. Zines ou Fanzines, são publicações independentes, dos mais diversos assuntos escolhidos pelo autor.
Guilherme afirma “que a exposição carrega esse nome, pois tanto as gravuras, quanto as capas das Zines, ficam com marcas de dedos nelas, o que acabei achando bem legal e deixei como identidade visual dos meus trabalhos e quero seguir assim”.
Para ele, fazer Xilogravura representa inicialmente uma terapia, isto porque gravar preenche a sua mente e deixa as mãos bem ocupadas. Sobre profissionalizar a atividade, ele acredita que se inicia com esse intuito, porque a intenção era criar uma capa, para que as apresentações dos seus Zines tivessem mais valor artístico.
Finalizando ele afirma que “as gravuras vieram, pois eu precisava treinar a arte de cavar na madeira, então saí gravando fotos, folhas e letras. Mas minha primeira Xilo, é uma capa de livro, esse do qual mudou o contexto com o tempo. Já fazer poesia, me faz ser quem eu sou, é minha primeira forma de expressão e minha primeira paixão”.
O Centro Cultural da USP de Bauru localiza-se na Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, na Vila Universitária.
Informações no telefone: (14) 3235-8394 ou no e-mail: centrocultural@usp.br