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deficiência auditiva: Atividades focam pais e educadores

As equipes do Centro Educacional do Deficiente Auditivo (Cedau) e do Núcleo Integrado de Reabilitação e Habilitação (Nirh) – unidades do Hospital Centrinho-USP – reiniciam, nesta semana, as atividades com pais e educadores de crianças com deficiência auditiva. Nesta quarta, 28/3, das 19h às 21h, acontece o primeiro módulo do Curso de Pais de 2012. No encontro, a psicopedagoga Kátia Fugiwara de Oliveira e a assistente social Kellen Cristina Gomes Serafin apresentarão o tema “Cedau: Objetivos e condutas”. O objetivo do grupo de pais é a integração e a troca de experiência entre as famílias, o estreitamento da relação entre pais e filhos e o esclarecimento de dúvidas.

Orientação fonoaudiológica: Na sexta, 30/3, das 8h30 às 10h30, pais de crianças do Cedau receberão orientações específicas na área de fonoaudiologia. Os encontros do Grupo de Orientação Fonoaudiológica são realizados mensalmente, sempre às sextas-feiras, com o objetivo de aconselhar e orientar as famílias ao longo do processo de habilitação e reabilitação das crianças, para ampliar as possibilidades de desenvolvimento das habilidades auditivas e a linguagem oral das crianças. “É por meio da informação e da troca de experiências que as famílias se fortalecem e tornam-se aptas a reconhecer as dificuldades e conquistas das crianças”, ressalta a chefe técnica do Serviço de Educação e Terapia Ocupacional do Centrinho-USP, Maria José Monteiro Benjamin Buffa.

Capacitação para educadores: Professores, coordenadores e diretores da rede estadual, municipal e particular de ensino de Bauru e região que atuam com alunos com deficiência auditiva ou surdez participam, na quinta-feira, 29/3, do primeiro módulo do Curso de Capacitação para Educadores de 2012. As atividades ocorrem na última quinta-feira de cada mês, no Cedau e no Nirh. Neste módulo inicial, além da apresentação das equipes e da estrutura das duas unidades, serão abordados temas como criança com deficiência auditiva e sua relação familiar, conceitos básicos sobre a surdez e dispositivos eletrônicos auxiliares à audição. Das 7h30 às 11h30, o encontro será com a equipe do Cedau, e, das 13h às 17h, com a equipe do Nirh.

Oralidade, língua de sinais e reabilitação
Nem sempre os recursos tecnológicos beneficiam plenamente as pessoas com deficiência auditiva ou surdez. Por isso, o Centrinho-USP também mantém unidades que enfocam a chamada oralização (linha que defende a fala das crianças com deficiência auditiva) e a Língua Brasileira de Sinais (Libras), por meio de programas do Serviço de Educação e Terapia Ocupacional do Hospital criados há duas décadas. É o caso do Centro Educacional do Deficiente Auditivo (Cedau) e do Núcleo Integrado de Reabilitação e Habilitação (Nirh).

Voltado a crianças e adolescentes com idade entre 2 e 14 anos, o Cedau tem como objetivo favorecer a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral em seus pacientes deficientes auditivos. Entre os trabalhos realizados pelos profissionais do Cedau destacam-se o aconselhamento aos familiares, a inclusão dos participantes no ensino regular e a prestação de orientações aos professores das crianças. Em mais de 20 anos de atuação do Cedau, mais de 120 crianças aprenderam a ouvir e a falar, 604 professores do ensino regular de Bauru e região foram capacitados e cerca de 40 cursos de pais foram realizados.

Já o Nirh tem projetos nas áreas educacional e profissionalizante, auxiliando no desenvolvimento da autoestima dos pacientes, sempre com o objetivo da integração social. A família e os educadores também estão no foco da atuação da equipe, para romper barreiras impostas pela surdez. Crianças, adolescentes e jovens têm aulas de Libras, Língua Portuguesa escrita, atividades expressivas, aulas de informática e de educação profissional, além de colocação e acompanhamento no mercado de trabalho. Entre as conquistas do Nirh nessas duas décadas, quase 300 pessoas com surdez foram inseridas no mercado de trabalho, 443 educadores do ensino regular foram capacitados e mais de 1.100 pessoas foram formadas no Curso de Libras.

A equipe dos dois programas é formada por pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, além de instrutor de Libras. Dois corais complementam e demonstram de forma especial esse trabalho de reabilitação: um é formado por crianças do Cedau, usuárias de AASI ou implante coclear, e outro, por crianças e jovens do Nirh, que, com “mãos que falam”, tem encantado as pessoas em diversos eventos culturais de Bauru e região.

Tiago Rodella (Mtb. 57.490)
Foto: Arquivo SerCom / Centrinho-USP