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USP-Bauru premiada no Congresso Brasileiro do Sono

O estudo, que avaliou o sono de pacientes com fissura labiopalatina, foi o melhor trabalho na área clínica

Um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Fisiologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP em parceria com a University of North Carolina (UNC), de Chapel Hill, nos Estados Unidos, foi premiado no 16º Congresso Brasileiro do Sono, realizado no fim do último ano em Joinville (SC), e promovido pela Associação Brasileira do Sono.

Intitulado Pharyngeal Dimensions and Obstructive Sleep Apnea in Individuals with Cleft Lip/Palate and Class III Malocclusion (Dimensões Faríngeas e Apneia Obstrutiva do Sono em Indivíduos com Fissura Labiopalatina e Má Oclusão de Classe III”, o estudo recebeu o prêmio de melhor trabalho na área clínica.

Os autores são: Leticia Dominguez Campos, doutora em Ciências da Reabilitação pelo HRAC; professora Inge Elly Kiemle Trindade, do Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e da Pós-Graduação do HRAC; Marilia Yatabe Ioshida, que foi pós-doutoranda no HRAC; Sérgio Henrique Kiemle Trindade, médico otorrinolaringologista e pós-doutor em Medicina do Sono; professora Ivy Kiemle Trindade-Suedam, do Departamento de Ciências Biológicas da FOB e da Pós-Graduação do HRAC; e Luiz André Pimenta, Julia Kimbell, Amelia Drake, da UNC.

O objetivo do estudo foi avaliar tridimensionalmente a via aérea superior de indivíduos com fissura labiopalatina e má oclusão de Classe III e correlacionar os achados com a ocorrência de apneia obstrutiva do sono. Os resultados mostraram que os indivíduos com fissura, má oclusão e apneia têm uma via aérea superior significativamente menor do que indivíduos sem apneia, especialmente na região da orofaringe.

“Essa premiação foi um dos mais importantes reconhecimentos da qualidade das nossas pesquisas no Laboratório de Fisiologia”, comemora a professora Ivy Suedam, orientadora do doutorado de Leticia Campos juntamente com a professora Inge Trindade.

De acordo com a professora Ivy Suedam, o estudo premiado é parte de um projeto maior, que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Esse projeto avalia as vias aéreas e o sono dos pacientes com fissura labiopalatina, por meio de polissonografia e tomografia computadorizada. E o Laboratório de Fisiologia, além de dar suporte à atuação clínica do Hospital, também investiga através de pesquisa essas alterações que são comuns em pacientes com fissura labiopalatina”, explica.

“Outro destaque é o caráter internacional desse projeto, pois é desenvolvido em conjunto com o Centro Craniofacial e as Faculdades de Medicina e de Odontologia da UNC”, salienta a professora Ivy Suedam.