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Representação pictórica das festas juninas pelos pintores modernistas brasileiros é tema de exposição no Campus USP de Bauru

O evento contará com o painel interativo “Volpi por um dia”, para que os visitantes possam colar bandeirinhas coloridas, símbolo icônico das obras de Alfredo Volpi

Já está aberta e prossegue até o final do mês (30/06), no Centro Cultural do Campus USP de Bauru, exposição artística que traz ao público a representação pictórica das festas juninas pelos pintores modernistas brasileiros.

O evento, com caráter artístico e cultural, é fruto de pesquisas sobre os modernistas que usaram as festas populares, em especial as “Festas Juninas”, como inspiração para suas obras. Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Djanira da Motta e Silva e Tarsila do Amaral são os artistas destacados nessa exposição.

A mostra é composta por 9 painéis impressos com dados informativos, biográficos e artísticos das obras e seus autores. A exposição contará também com o painel interativo “Volpi por um dia”, para que os visitantes possam colar bandeirinhas coloridas, símbolo icônico das obras de Alfredo Volpi.

Fazem parte da concepção e organização da exposição, os servidores do Setor de Eventos/Centro Cultural do Campus USP de Bauru, Marcelo Cardoso Freitas Gonçalves, Lélis Camilo Cavalieri e Giane Tenório Quintela. A arte e diagramação dos painéis foram realizadas por Rubens Kazuo Kato, arte-finalista da Seção de Comunicação e Cultura.

Representação pictórica

A representação pictórica das festas juninas pelos pintores modernistas brasileiros não apenas registra um aspecto importante da cultura nacional, mas também contribuiu para a construção de uma identidade artística genuinamente brasileira, rompendo com os padrões europeus e valorizando o popular e o cotidiano”, informa Marcelo.

Para entender melhor, esse tipo de representação refere-se a qualquer forma de comunicação que se baseia em elementos visuais para transmitir uma mensagem, ideia ou informação. Essencialmente, é tudo que diz respeito à imagem, à pintura, ao desenho, ou a qualquer outra forma de representação visual. Enfim, a representação pictórica é a forma como o ser humano utiliza a linguagem visual para comunicar, expressar e entender o mundo.

“É preciso salientar que artistas como Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Candido Portinari, Di “Cavalcanti e Tarsila do Amaral entre outros, fizeram parte de um movimento que revolucionou as artes plásticas no Brasil a partir dos anos 1920, enfatizada na Semana de Arte Moderna em 1922”, enfatiza o organizador.

A inspiradora Semana de 22

Marcelo registra que a Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 22, foi um evento cultural de grande impacto que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922. “É considerada o marco inicial do Modernismo no Brasil, um movimento que buscou romper com os padrões artísticos tradicionais e acadêmicos vigentes até então”. Entre os principais objetivos destacados pelo organizador, estão o rompimento com o academicismo, a criação de uma arte autenticamente brasileira e a busca de novas formas e expressões estéticas.

“Apesar de ter sido um evento curto e de ter gerado muita controvérsia na época, a Semana de Arte Moderna foi fundamental para lançar as bases do Modernismo no Brasil. Ela impulsionou a busca por uma identidade artística nacional, influenciando diversas gerações de artistas e movimentos culturais no país”, lembra.

A Semana de 22 foi um divisor de águas entre a arte tradicional e a moderna, sendo valorizado e reconhecido em sua importância cultural décadas após sua realização. A proposta desse movimento buscou romper com os padrões estéticos vigentes no Brasil da época, fortemente influenciados pelo academicismo e pelo parnasianismo, que priorizavam a forma e o formalismo.

“Os pintores modernistas brasileiros buscaram uma arte que expressasse a identidade nacional e encontraram nas festas juninas um tema rico e inspirador. Essa representação não se limitou a uma mera reprodução da realidade, mas incorporou as características do movimento modernista, como a valorização do popular, a exploração de cores vibrantes e formas simplificadas, e a busca por uma linguagem”, conclui Marcelo Cardoso Freitas Gonçalves.

Serviço

O Centro Cultural do Campus USP de Bauru localiza-se na Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Vila Universitária, Bauru, SP. Com entrada gratuita, a exposição “A representação pictórica das festas juninas pelos pintores modernistas brasileiros” está aberta à visitação das 8h às 17 horas, segunda a sexta, até 30 de junho de 2025. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail centrocultural@usp.br ou telefone 14 3235-8394.

Jornalistas Luís Victorelli e Marianne Ramalho, Assessoria de Comunicação do Campus USP de Bauru.


Imagens da exposição no Centro Cultural do Campus USP de Bauru e os responsáveis pela concepção e organização do evento, Lélis Camilo Cavalieri, Giane Tenório Quintela e Marcelo Cardoso Freitas Gonçalves. Foto: Divulgação.