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Universidade de São Paulo chega às 50 melhores do mundo em ranking de ciência interdisciplinar


Universidade avançou 25 posições no levantamento da THE, mesmo com ampliação do número de avaliadas, reforçando o desempenho na pesquisa em colaboração entre áreas

A USP subiu da 57ª para a 32ª posição na edição 2026 do Interdisciplinary Science Rankings (ISR), fato que a coloca como líder no Brasil e na região da América Latina, e como a única brasileira entre as 50 melhores.

Trata-se de uma classificação global de universidades desenvolvida pela Times Higher Education (THE), em colaboração com a Schmidt Science Fellows, com o objetivo de avaliar instituições de ensino superior com base em sua capacidade de realizar e promover a ciência interdisciplinar, que envolve a colaboração entre diferentes campos do conhecimento para abordar desafios globais complexos.

Dessa forma, o ranking busca destacar como as universidades incentivam pesquisas que transcendem as fronteiras disciplinares tradicionais.

O Brasil tem 37 instituições na lista. Seguindo a USP, aparecem a Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 86º; a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 144º; e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 177º.

Em 2026, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) mantém, pelo segundo ano consecutivo, a primeira posição, refletindo uma forte tradição dos Estados Unidos em pesquisa interdisciplinar.

A Universidade Tecnológica Nanyang, em Singapura, alcançou o quinto lugar e se tornou a instituição asiática mais bem colocada, enquanto a Universidade Wageningen, dos Países Baixos, liderou a lista da Europa ao ocupar a nona posição geral. A Índia se destacou como o país com maior número de universidades listadas, com 88 instituições ranqueadas.

Formalmente, a metodologia proposta define o conceito de “ciência interdisciplinar” como projetos que envolvem duas ou mais disciplinas científicas ou uma disciplina científica combinada com disciplinas não Stem (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês para science, technology, engineering and mathematics).

Lançado em 2025, o levantamento chega a sua segunda edição tendo como principal novidade justamente a ampliação do seu escopo para incluir colaborações entre disciplinas científicas e ciências sociais, educação, psicologia, direito, economia, saúde e ciências clínicas.

Além disso, a participação cresceu: para o ISR 2026 foram analisadas 911 universidades de 94 países, o que representa um aumento de 22% em relação à edição anterior.

Leia aqui a reportagem completa do jornalista Michel Sitnik.